sábado, 31 de janeiro de 2009

Casas degradadas em Fão só com o Euromilhôes?!

Já foi alvo de notícias, assunto de debate, agora chegou à CONVERSADOCAFE.

As casas degradadas em Fão não param de aumentar! Em 2005 o nosso amigo José Belo através do "www.novofangueiro.com” publicou uma notícia, sobre os riscos provenientes destas casas no centro de Fão. Anos depois, em 2008 a Associação Assobio promoveu um interessante debate no auditório da Pousada de Juventude, que apesar das boas soluções apresentadas para estes casos, na prática não se viu qualquer resultado, ressalvando aqui a atitude que esta associação tomou em organizar tal evento!

Apesar dos esforços para tentar resolver este problema, continuam de ano para ano a aumentar o número de casos.
Há mesmo quem diga que as pessoas que têm as casas degradadas à venda, além de quererem o dinheiro, também pretendem “ficar com a casa”! Resultante de valores absurdos que nos dias de hoje são impossíveis para muitos que desejariam morar em Fão! Outros casos, são os herdeiros que não se querem desfazer das casas dos seus familiares.
Algumas delas são casas completamente a ruir, colocando por vezes, em risco a segurança daqueles que por lá passam! Além disso, em nada ajudam na valorização da Vila, não fazendo jus à imagem que caracteriza o centro histórico de Fão e que sempre constituiu motivo de orgulho para os seus habitantes.
O que se vê, é que este assunto continua a passar despercebido dos nossos governantes, apesar de reforçarmos dizendo que uma boa requalificação urbana é sinónimo de sucesso para a espinha dorsal fangueira!
Neste caso a solução passa por fazer o contrário do que se tem feito até agora. Condicionar as zonas de expansão urbana e criar mecanismos de compensação para quem investir ou na restauração das mesmas ou compra por outros e posterior recuperação e utilização de habitações degradadas no centro de Fão.
São muitos os que afirmam que Fão envelheceu, pois é verdade!
Lamentável é ver pessoas a comprar apartamentos longe das suas raízes em vez de serem incentivadas a recuperar casas antigas “continuando” a serem fangueiras!
E no futuro…como será? Teremos a parte velha de Fão e a parte urbana de fim-de-semana?!...
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2 comentários:

  1. este problema já tem barbas e o artigo não diz nada de novo porque o problema está nos proprietários que pedem mundos e fundos pelas paredes. o debate que houve na pousada de juventude também não trouxe nada de novo pois foi dito que os apoios que existem para centros históricos são apenas para cidades e disso ainda estamos longe.já foram debatidos em alguns sitios a criação de medidas especiais para facilitar a reconstrução, nomeadamente a redução dos custos de licenças e a simplificação administrativa. Mas enquanto os donos não meterem na cabeça que os preços têm de baixar substancialmente não se vai a lado nenhum.obrigar a fazer obras é muito dificil porque se tivessem dinheiro muitos deles não teriam deixado chegar àquele estado.fazer obras em vez dos donos nesta fase as cãmaras não têm capacidade financeira e os problemas juridicos eram muitos.a casa das Saúdes pegada ao Durães foi comprada ao Hospital e reconstruída por um empreiteiro investidor.somados os custos da compra e das obras o valor ficou de tal forma elevado que ninguém a compra.as casas em Fão a reconstruir muitas delas não t~em garagem nem permitem e hoje muita gente tem o seu carrinho e quer guardá-lo.com o dinheiro que gastam na compra de uma casa destas compram um bom apartamento em Fão, apúlia ou Esposende e têm garagem e muitas vezes piscina.é um dilema grande.cada um que ponha no lugar de comprador. se os donod fizessem obras e vendessem sempre podiam fazer um preço melhor porque já tinham a casa e não tinham disponibilizado para a comprar.limitar as zonas de expansão era contribuir para que as terras vizinhas beneficiassem dessa mudança de investimento para outros sítios.e isso não alterava de forma alguma o preço final das casas. A casa das Saúdes custou 80.000 euros e foram gastos outros 80.000 porque a casa é pequena mais os juros do investimento e sem qualquer lucro teria de ser vendida por 165.000 euros, sem garagem e sem grande qualidade dos materiais. A ganhar algum teria de ir para os 180.000 euros, que ninguém os dá pois com esse dinheiro compra-se coisa bem melhor.Estas são contas reais que tornam o investimento em Fão num elevado risco.
    Por exemplo as casas que aparecem nas fotos de baixo têm um orçamento aproximado de 400.000 euros, fora o valor das casas velhas.é um dilema.

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  2. Temos belas casas em Fão que estão neste situação, a casa junto ao jardim do Bom Jesus tem um belo terreno e é uma casa muito bonita mas cada ano que passa esta pior, arranjadinha dava uma bela infra-estrutura turística. A casa verde no centro de Fão, que hoje aloja pombos, já ouvi falar de uma residencial para aquele sítio mas ela lá continua, parece um castelo assombrado.
    Na imagem de cima se não me engano é uma casa ao lado da Escola Profissional, e que parte do telhado cedeu a menos de 2 anos. Lembro-me de nessa mesma casa havia varias exposição a uns aninhos atrás. É uma pena esta terra estar a acabar assim, mas quem sabe!
    Ate tenho jogado o euromilhões...

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